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Agronegócio

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Cultivar de trigo surge como opção para produção de volumoso

Ederson Luis Henz revela que a cultivar TBIO Energia I conta com 120 áreas piloto nos três estados do Sul

Por: Assecom
Fotos: Divulgação

A palestra de abertura do Simpósio do Leite, Fórum Nacional de Lácteos e a Mostra de Trabalhos Científicos, teve como tema um dos aspectos cruciais na produção leiteira, o volumoso. O zootecnista e mestre em produção animal, Ederson Luis Henz, com apoio da Biotrigo, falou sobre a cultivar de trigo TBIO Energia I: novo conceito em produção de volumoso.

Ele explica que essa cultivar, desenvolvida pela Biotrigo, é uma alternativa interessante, principalmente quando se pensa em fazer um melhor aproveitamento da área da propriedade do produtor de leite. “Em clima subtropical e temperado, silagens de cereais de inverno são uma alternativa interessante, principalmente em situações onde culturas de verão não são possíveis de serem cultivadas. Foi buscando atender esse nicho que surgiu o TBIO Energia I – primeira cultivar de trigo brasileira direcionada exclusivamente para o mercado de alimentação animal”, destaca. Henz acrescenta que a palestra abordará os novos conceitos em produção de volumoso conservado, onde o trigo entra como principal cultura voltada para produção animal. Uma particularidade desta cultivar, desenvolvida após anos de pesquisa e de melhoramento genético é a ausência de aristas. “Além de ser resistente e pontiaguda, a arista possui um alto teor de compostos fenólicos (lignina) os quais o ruminante não consegue digerir. Dessa forma, ao se alimentar com esse trigo, o seu trato digestivo não será ferido, como normalmente seria com um trigo comum ou de duplo propósito”, enfatiza. “Quando se fala em novos conceitos estamos levando em consideração adubação, o manejo e momento adequado para ensilar a cultura. Hoje a pecuária leiteira tem muito problemas com cereais de inverno em fazer um volumoso conservado de melhor qualidade, isto impacta na produtividade e no lucro porteira adentro. Um dos maiores ganhos para a bovinocultura de leite é poder produzir uma silagem de cereais de inverno com qualidade nutricional diminuindo assim o uso de concentrados”, aponta Henz. Outra vantagem para o produtor, de acordo com o palestrante, é aproveitar as áreas ociosas durante o inverno, gerando mais lucro e aproveitando o capital terra durante um ano inteiro e não dependendo somente das culturas de verão. “Através do plantio do trigo durante o inverno com vistas à produção de alimentos conservados é possível produzir um volumoso com boa qualidade, além de reduzir a concorrência com áreas de verão para produção de silagem e pré-secado”, acrescenta. Henz enfatiza ainda que atualmente os cereais de inverno entram na ração como fonte de fibra e não como fonte de proteína e energia. “Isto é um paradigma que deve ser superado, pois os cereais de inverno especialmente o TBIO Energia I detém de uma ótima fonte de proteína e energia na forma de amido e açúcares. Nos dias atuais precisamos ser eficientes e não há mais espaço para errar, pois os custos de produção estão aumentando a cada dia e uma alternativa é usar produtos mais eficazes”, completa.

Henz revela que a cultivar TBIO Energia I conta com 120 áreas piloto nos três estados do Sul, e quando comparada à silagem de milho o custo por kg do volumoso produzido a partir deste trigo apresenta custos iguais, de em torno de 10 centavos.

Mais opções

O zootecnista revela ainda que a Biotrigo teve mais duas cultivares de trigo voltadas ao produtor de leite com registro aprovado no Ministério da Agricultura na semana passada. Trata-se da TBIO Energia II, que também é uma cultivar de trigo para produção de silagem, porém adaptada a regiões de clima mais quente, como o das regiões norte do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Nesses estados estão localizadas 20 áreas piloto da cultivar, que tem ciclo em torno de 20 dias mais curto que a cultivar para regiões mais frias.

A outra novidade é a cultivar de trigo Lenox, cultivar específica para pastoreio ou corte. “Ela tem como vantagem a oferta de pasto em um período crítico para o produtor, já que pode ser semeada a partir de 15 de março e o primeiro corte pode ser feito em 45 a 50 dias”, explica Henz, acrescentando que a cultivar proporciona ao menos quatro cortes ao longo do ciclo, produzindo três toneladas de matéria seca por hectare a cada corte.

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