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Agronegócio

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Demanda de soja será de 75 toneladas no ano de 2026

Ipiranga do Sul foi sede do III Fórum Norte Gaúcho da Soja

Por: Assecom
Fotos: Assecom

Mais de 420 pessoas participaram, em Ipiranga do Sul, Berço do Cultivo Direto, de mais uma edição do Fórum Norte Gaúcho da Soja. O evento aconteceu na sexta-feira, dia 9 de setembro, no Ginásio Municipal, com o objetivo de debater mercado e cultivo do grão, bem como doenças e pragas.

A solenidade de abertura oficial foi realizada com a presença de representantes das entidades promotoras do evento: Sindicato Rural de Getúlio Vargas, Associação Comercial, Cultural, Industrial, de Agropecuária e de Serviços de Getúlio Vargas, Prefeitura de Ipiranga do Sul, Emater/RS Ascar, Associação dos Engenheiros Agrônomos da Regional Getúlio Vargas e Faculdade Ideau.

O presidente do Sindicato Rural, Sidnei Beledeli, falou em nome da comissão organizadora e o secretário municipal de Agricultura de Ipiranga do Sul, Gilberto Toazza, se manifestou em nome do Poder Executivo. O evento contou com o patrocínio de Sicredi Estação, DuPont, Bayer e Oxiquímica Agrociência.
Durante o Fórum foi realizada uma homenagem a Paulo Edgar da Silva, que está deixando a Emater, pela sua contribuição como grande incentivados dos Fóruns Norte Gaúcho.

Controle de Doenças

O primeiro palestrante foi o Dr. Carlos Alberto Forcelini, que é engenheiro agrônomo e Doutor em Fitopatologia. Ele falou sobre controle de doenças na cultura da soja, entre elas ferrugem, oídio, mofo branco e outras. Forcelini destacou a importância do tratamento de sementes para evitar doenças. Falou sobre a 1ª aplicação de fungicidas no vegetativo, abordou as demais aplicações com intervalos de 15 a 18 dias, o uso de fungicidas eficazes e as três aplicações do soja inox.

Desafios e Oportunidade

O engenheiro agrônomo Dr. Mauro Rizzardi, falou sobre os desafios e oportunidades no manejo de plantas daninhas. Segundo ele, as estratégias de manejo são aplicar os herbicidas nas doses e estádios recomendados, rotacionar herbicidas com diferentes mecanismos de ação, limpar os equipamentos, fazer rotação de culturas e de eventos biotecnológicos, rotação de manejo cultural, usar sementes livres de propágulos de plantas daninhas, realizar dessecação da área e usar herbicida residual.
Ele falou sobre o manejo de buva no trigo e seu controle. Dr. Mauro também recomendou controlar as plantas daninhas que ocorrem nas margens das estradas, nas bordas das lavouras e também nos carreadores, assim como controlar as populações remanescentes de plantas daninhas ou plantas remanescentes da cultura após a colheita.

Análise de Mercado

O economista Chefe da Farsul, Antônio da Luz, que é Mestre em Economia Aplicada e Doutor em Economia apresentou uma análise do mercado de soja no mundo e no brasil a longo, médio e curto prazo. Conforme falou, a projeção do consumo mundial de soja em grão para o ano de 2026 é uma demanda de 75 milhões de toneladas. Ao fazer uma análise sobre a produção, Antônio da Luz afirmou que a produtividade média foi inferior em 2016, reduzindo a produção mundial em 2%, sendo que a projeção para 2017 é de aumento da área plantada e da produtividade. Em 2017, os EUA deve apresentar uma safra recorde: 110,5 milhões de toneladas. O Brasil também deve atingir seu recorde em 2017 e se projetam quedas na produção da Argentina, China e Índia.
Na sua avaliação, a China, o maior importador de soja do mundo, deve crescer novamente 6% em 2017. Este crescimento é significativo mesmo que fique abaixo da média que o país vinha crescendo: 9,5% a.a. Já o Brasil, EUA e Argentina devem permanecer com consumo semelhante.

De acordo com o palestrante, em 2016 houve uma inversão da relação entre produção e consumo. O consumo ultrapassou a produção, visto que a produtividade média deste ano foi menor. “Na próxima safra não deve haver excedente, visto que a produção e o consumo devem se igualar”, afirmou. Mesmo com a menor produção, em 2016 as exportações devem permanecer aquecidas. A projeção para 2017 é de aumento significativo das exportações.

Conforme analisou, a queda produtiva de importantes produtores de soja em 2016 deve fazer com que seja necessário recorrerem aos estoques para suprir o consumo. Segundo ele, os estoques dos EUA devem mais que dobrar em 2017. Isso porque a produção deve ser recorde enquanto o consumo deve permanecer estável. O aumento de 63% da produção de soja da Índia em 2017 deve permitir que o país recupere os estoques, que foram drasticamente reduzidos em 2016. A Argentina, maior estocador de soja do mundo, deve reduzir seu estoque em 6%. Com o mercado inundado de soja, os preços do produto no Bolsa de Chicago apresentaram declínio. A expectativa de redução dos estoques mundiais influenciaram o recente aumento dos preços.

O economista finalizou apresentando uma comparação sobre o custo de produção nos anos de 2015 e 2016 e fez uma projeção para 2017.

Manejo de Pragas

O Engenheiro Agrônomo Doutor em Entomologia Agrícola, Dr. Jerson Vanderlei Carús Guedes, falou sobre manejo integrado de pragas da soja. Segundo ele, o monitoramento de pragas é um conjunto de práticas de amostragem repetidas no tempo e no espaço – antes, durante e/ou depois do cultivo -, que permita estimar a densidade de pragas de forma sistemática, visando apoiar a tomada de decisão no manejo de pragas. Ele mostrou os materiais de trabalho do monitor de pragas, entre eles o pano vertical, lupa, caneta e lápis e planilha de monitoramento. O palestrante apresentou um trabalho sobre a ocorrência de lagartas em soja de 2000 a 2010, as espécies, os danos causados, o nível de controle e o monitoramento, assim como abordou o controle do percevejo da soja.

Demanda Nutricional

Finalizando as palestras, o engenheiro agrônomo Doutor em Ciência do Solo, Dr. Pedro Escosteguy, falou sobre Demanda nutricional da cultura da soja. Segundo ele, para atender a demanda nutricional da soja é necessário solo fértil, conservação do solo, baixa acidez, realizar a correção com P e K, manutenção, reposição, inoculação, análise foliar e colheita. Para ele, é imprescindível para que o solo tenha fertilidade que seja feita a rotação de cultura com boa cobertura. Como exemplo citou intercalar em um período de três anos trigo, soja, aveia, soja, ervilhada e milho. Ele também orientou adubação de manutenção e adubação de reposição.

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