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Gastronomia

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Erechinense que mora na Itália ministra 2º curso de Risotos em Erechim

Além da ideia de buscar valorizar o que é bom de cada lugar, Helena explica que a alimentação na Itália é muito mais variada

Por: Paloma Mocellin
Fotos: Divulgação

O segundo curso de risotos da Erechinense Helena Kuhn foi mais uma vez um grande sucesso e a noite de ontem, quinta-feira, 3, foi de comer rezando no Restaurante e Pizzaria Buon Giovanni em Erechim.

Com exclusividade Helena falou sobre o curso a reportagem do Jornal Atmosfera e salientou os principais conteúdos do curso e pontos importantes da gastronomia Italiana. ”Apresentei quatro tipos de risoto que não são conhecidos aqui no Brasil, risotto milanese que é feito com o açafrão e possui um grande contexto histórico do prato, risoto da região do Venetto feito com a massa do salame, que para este fomos buscar o salame para que estivesse fresco antes de ser defumado, risoto de peixe, risoto de pera e nozes e duas bruschettas de tomate e cebola”, disse.

Helena conta que nos cursos ela busca resgatar a culinária da região para adaptar os pratos ao paladar gaúcho de forma natural e saborosa. “Talvez os pratos da região estejam sem o toque natural, durante o curso me acharam um tanto louca por eu ter usado apenas produtos naturais, mas o brasileiro e o gaúcho não sabem mais cozinhar sem química. É preciso retornar e aprender com os mais antigos, que cozinhavam naturalmente. Na Itália um dos grandes projetos é o movimento chamado Slow Food que é exatamente o contrario do Fast Food, onde a ideia é a naturalidade”, explicou.

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Segundo ela, o desafio é buscar todos os ingredientes que foram perdidos no tempo. “É um resgate do natural e de produtos da estação, aqui entra a sazonalidade que é muito importante”, enfatizou. Helena mora na Itália desde os 6 anos de idade, portanto há 17 anos. Ela conta que fez o segundo grau em gastronomia e que agora vai começar a faculdade de confeitaria.  “Moro na cidade de Peschiera Del Garda, norte da Itália que fica a 15 minutos de Verona, e normalmente venho até o Brasil uma vez por ano ministrar cursos e visitar a família”, enfatizou.

Na Itália, Helena trabalha com encomendas, além de realizar cursos de culinária e nutrição infantil. “Faço uma espécie de intercambio, trago para o Brasil a cultura Italiana e levo um pouco de nós pra lá”, disse.

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Além da ideia de buscar valorizar o que é bom de cada lugar, Helena explica que a alimentação na Itália é muito mais variada, “embora sejam praticamente 14 vezes por semana massa, eles seguem muito mais a sazonalidade do que aqui no Brasil”, conta.  A busca de Helena é pela reeducação alimentar. “Quero que as pessoas entendam que em 20 minutos se pode fazer um ótimo risoto com coisas naturais. Na Alemanha por exemplo é proibida a fabricação dos micro-ondas, eu particularmente acho que liguei o micro-ondas duas vezes na minha vida e trabalho desde os 14 anos em cozinha”, pontua ela. Para a jovem, o mundo está se direcionando para o vegetariano, pois o corpo já não aceita mais muito químico. Mas Helena ainda confessa que adora as comidas brasileiras, elas precisam somente de um toque natural a mais.

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