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Gaúchas relatam momentos de pânico com recentes atos de violência na Alemanha

Munique e a região da Baviera foram alvo de ações de violência na última semana o que assustou a população. Mais de 10 pessoas morreram

Por: Paloma Mocellin e Isadora Guazzelli

É com um cenário de pânico e temor, que duas gaúchas que estão na Alemanha convivem nos últimos dias. Bela Roismann e Larissa D’Avilla falaram com exclusividade ao Jornal Atmosfera e contaram um pouco da situação do país aos olhos de quem está diariamente pelas ruas convivendo com o medo de toda a população.

Segundo Bela, a presidente da Alemanha Angela Merke, se reuniu essa semana com grupos de amizade para tomar medidas cabíveis sobre o terrorismo. As pessoas não estão satisfeitas com as atividades da presidenta, pois os imigrantes já somam mais de um milhão de pessoas, segundo Bella.

Bela conta que a cidade onde estão se chama Gemünden, que é uma cidade pequena e que fica perto de muitas outras. “No momento do terrorismo estávamos saindo da Alemanha no dia 21 de julho e quando chegamos em casa vimos o terror que o pais estava passando. As pessoas andam aterrorizadas aqui, esses mulçumanos escolhem onde tem muitas pessoas para agir, para que a situação se torne ainda mais fatal”, diz Bela que ainda salienta que na noite de ontem, junto a cidade de Ansbach, durante um festival onde estavam cerca de 2 mil pessoas o terrorista acionou a bomba, deixando 12 pessoas feridas e três em estado grave. “O ministro da Justiça, Balsback disse em um pronunciamento que o terrorismo islâmico está chegando no nosso pais e que as pessoas tendem a ficar cada vez mais apavoradas e amedrontadas”, explicou. Segundo Bela o retorno ao Brasil deve ser no mês de agosto.

A gaúcha Larissa D’Avila da Costa que também mora na Alemanha, em uma cidade próxima a Munique, conta que o medo é evidente, mas que não chega a ser o pânico que se instaurou nas cidades dos atendados. “Como o caso do dia, 22, não foi um atentado terrorista e sim uma forma de revolta de um jovem problemático, as pessoas se acalmaram um pouco, dando graças que a Alemanha ainda não foi grande alvo de ataques terroristas como a França e a Bélgica sofreram. Mas o medo é evidente e crescente. Os europeus não estão acostumados a nenhuma forma de violência gratuita e que não possa ser explicada ou controlada. Terão que aprender a conviver com esse sentimento novo. O medo da insegurança”, diz.

No blog pessoal a jovem fez uma publicação sobre o que esta vivendo: Há tempos o mundo já vem sofrendo um novo tipo de violência: a frustação daqueles que estão de mal com a vida, que se sentem vítimas de bulling e por algum motivo pessoal obscuro resolvem se suicidar mas antes levam a vida de tantos outros que nada tem a ver com a sua história pessoal. E em tempo de ataques terroristas movidos pelo ódio religioso, estamos diante de um novo tipo de violência que não conhecíamos anteriormente, essa que choca pelo número de vítimas que faz, pela incompreensão dos motivos que levam pessoas a planejar minuciosamente tal atentados, pela maldade intrínseca do ser humano.

As duas novidades do mundo moderno assustam, pois ainda não sabemos como lidar com elas. São violências que atingem os tão “seguros” países do primeiro mundo, abalam os alicerces sociais e alastram o pânico. Os motivos pessoais que levam cidadãos a cometer esse tipo de violência, em si, não tem nada a ver um com o outro, mas deixam a todos em estado de alerta, porque já não há mais aquele sentimento de tranquilidade e segurança tão prezado aos europeus e norte-americanos.

Lembro-me da minha infância no Brasil, tempos em que a violência não era generalizada, não havia medo de ser assaltada na porta da escolinha do seu filho e ter o carro roubado com a criança dentro. Na minha adolescência ainda podia-se namorar dentro do carro, em ruas escuras sem ter medo de ser atacado por um ladrão. E a brutalidade foi crescendo, e todos foram adaptando-se à nova realidade.

No Brasil vive-se com um medo constante de que aconteça algo consigo e com os seus queridos, mas a vida continua, continuamos a ter filhos, a sair para jantar, viajar, consumir. O medo é permanente, mas aprendemos a conviver com ele, já que uma solução definitiva para esse sentimento é uma grande utopia.

E é isso que vai acontecer aos cidadãos europeus, adaptar-se ao medo e à insegurança, pois esse novo tipo de agressão tem uma motivação muito pessoal, muito sutil, quase impossível de ser detectada. O que nos resta é rezar pedindo a proteção divina ,para aqueles que tem fé, e confiar na sorte de sempre estar longe de tal insanos, para os céticos. Ou os dois. – por Larissa d’Avila da Costa, Gilching julho 2016. 

Atual situação da Alemanha segundo as últimas notícias publicadas

Pelo menos uma pessoa morreu na noite de domingo, 24, em uma explosão em um restaurante na cidade alemã de Ansbach, perto de Nuremberg, na Baviera. Autoridades municipais disseram que a explosão foi resultado de um ato terrorista. De acordo com os investigadores, a tragédia foi provocada por um explosivo improvisado, e tudo indica que a vítima seria também o responsável pelo ataque. Pelo menos outras 11 pessoas ficaram feridas. Perto do local da explosão estava sendo realizado um festival de música neste final de semana.

Esse é mais um ato de violência de uma sequência que vem assustando a população alemã nos últimos dias. Na última segunda-feira, um jovem afegão atacou vários passageiros em um trem também na Baviera, com uma faca e um machado, ferindo cinco antes de ser morto pela polícia. Na sexta-feira, 22, um jovem alemão de origem iraniana. matou nove pessoas em feriu mais de 30 em um shopping center de Munique, também na Baviera. Em seguida, se suicidou.

Por fim, mais cedo neste domingo, um homem com um facão foi preso na cidade de Reutlingen, em Bade Wurtemberg, depois de matar uma mulher e ferir outras duas pessoas. O suspeito foi identificado como um refugiado sírio de 21 anos.

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