Atrasos nos repasses do Estado para o FHST podem comprometer pagamentos de funcionários em 2019
Direção do hospital trabalha para reduzir custos e mudar contrato com o Governo gaúcho
A crise na saúde pública chegou também a Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim. Desde agosto o Governo do Estado não repassa incentivos ao hospital. Isso representa mais de R$ 5 milhões. Dinheiro necessário para pagar despesas com funcionários, serviços médicos e fornecedores. Com a falta de recursos a direção precisa se desdobrar para manter os atendimentos a população e, pelo menos, garantir os salários em dia dos 600 servidores.
Uma das alternativas para a direção do Santa Terezinha e que vai garantir o pagamento das despesas como funcionários, por exemplo, foi, mais uma vez, recorrer ao poder público municipal. “Não acho que o município tenha que pagar essa conta que é do Estado. Mas graças a Deus temos esse apoio. Com o repasse de R$ 2 milhões, aprovado pela Câmara de Vereadores nessa semana, só neste ano a prefeitura repassou ao hospital R$ 7 milhões. A garantia para cumprirmos compromisso básicos, custeios mensais” explica o diretor executivo, Hélio Bianchi.
Como o repasse é para custeio e despesas, algumas contas acabam atrasando. Alguns fornecedores não recebem há 90 dias. Os serviços médicos prestados em outubro também não foram quitados. E a situação pode piorar. “A situação pode ficar grave, muito grave. A falta dos repasses do Estado não será resolvida tão rápido. E se os atrasos continuarem em 2019, não temos como garantir nem mesmo o pagamento em dia dos trabalhadores”, pondera Bianchi
Revisão de contratos
Para a direção do Santa Terezinha uma alternativa para amenizar a crise financeira é a revisão do atual contrato firmado com o Governo do Estado. Os atendimentos tanto da alta como da média complexidade são acima do que é pago atualmente. “O teto não cobre os atendimentos. Já tentamos, por várias vezes, mudar esse contrato firmado em 2013, mas não conseguimos. Deixamos de receber mais de R$ 3 milhões por serviços que foram prestados”, lamenta.
O Hospital Santa Terezinha atende hoje pacientes de 85 municípios em alta e média complexidade.
Buscamos uma posição do Governo do Estado através da 11ª Coordenadoria Regional de Saúde, mão não conseguimos informações.