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Alcione Roberto Roani

O que torna as pessoas melhores?

Já se passaram alguns dias após reencontrar um “afiliado” da turma de Direito 2010 – I / N. Entre uma conversa sobre a sua ocupação profissional e os seus afazeres o mesmo relatou que ainda lembrava-se do fato de que no convite para a escolha do paraninfo haviam utilizado passagens textuais da obra “Apologia de Sócrates”. Também ressaltou que a motivação para tal escolha era decorrente do fato que a referida obra foi um dos primeiros livros indicados para a leitura a partir do primeiro semestre do curso. Fato que explorei no discurso da solenidade de colação de grau e inclusive utilizei-me de passagens.  Entre elas estava a questão do título supra. Com certeza não poderia deixar de registrar o quanto fiquei impressionado com o fato de que alguém ainda lembrava-se do discurso e, principalmente, atentou no seu conteúdo. A partir deste fato percebi o quanto atual ainda era a questão lançada naquela noite da solenidade.

Eis uma questão interessante e pertinente ao cenário humanístico que nos encontramos na atualidade. Na história da humanidade há várias tentativas de tornar as pessoas melhores desde as mais esdrúxulas até as exeqüíveis. Da mesma forma que não faltam candidatos com seus métodos e soluções mirabolantes.

Afinal o que torna as pessoas melhores? Seriam as leis, os outros ou por elas mesmas?

Esta é uma das discussões entre Sócrates e o trio acusatório (Meleto, Anito, Licon), além de ser o motivo das divergências.

Sob o ponto de vista do trio acusatório seriam primeiramente as leis. Quando questionados se além delas alguém mais poderia desempenhar este papel a resposta foi: os Senadores, os Juízes e a Assembléia. A partir desta resposta emergem duas questões, a saber: primeiro é preciso definir o que significa tornar as pessoas “melhores”. Há várias formas de qualificar o sentido de “melhores”. A outra questão recai na dúvida acerca do trio acusatório não mencionar que as pessoas podem tornar-se melhores via a educação, ou seja, pelas virtudes.

Eis o caminho pelo qual optei para construir uma possível resposta apresentada naquela noite. Tenho dúvidas se somente as leis tornarão as pessoas melhores assim como a lista do trio acusatório. Mas vocês oh afiliados! Pois vocês possuem a vontade de poder tornar as pessoas melhores. Para isso utilizem a lei como instrumento para transformar este ideal em realidade e cultivem as virtudes que habitam o seu âmago.

Utópico? Depende. Necessário? Sim.

Um abraço a turma de Direito 2010 – I / N

Alessandro Gomes Ritter, Alex Sandro Ferreira Sommavilla, Aline Cássia Grotto Schneider, Andressa Betto, Camile Foletto, Carla Lisângela Deón Bento, Caroline Polidoro, Cassiano Finck, Crissiano José de Oliveira, Cristiene de Castilhos Ongaratto, Daniel Dos Santos Domingues, Débora Gosch do Amaral, Ernesto Dozza de Ivanoff, Esimeri Balbinot, Fabianne Barbieri Cheis, Fernanda Siepko, Gabriel Regla, Guilherme Rostirola Elsner, Henrique Pasquali Dallagnol, Jessyka Carla Cesari, Karem Monik Schmidt, Karen Helen Lima, Karine Batista Da Silva, Kellyn Renata Da Silva, Leandro Vauchinski, Leonil Ricardo Da Rosa Gomes, Maiara Abramchuk, Maiara Oliveira, Maicon Rogerio Liotto, Mateus Schulz, Mateus Surdi Onetta, Morgan Stefan Grando, Natália Dezordi, Paloma Cecília Maia Barbosa, Patrícia Cerioli Pinali, Paulino Antonio Tomazzoni, Pietro Bernardi, Poliana Lovatto, Rafael Miguel Radetski, Rafael Rampanelli, Renan Cesar Trentin, Roberta Bonatti, Roberto Pedro Lucas, Taís Pâmela Mazur, Terezinha Helena Rezzadori Magaieski e Thality Kerlim Sartori.

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