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Burocracia e alta tributação impedem maior aproximação comercial com a Argentina

Várias empresas de Erechim, de diferentes portes e setores, já negociam seus produtos com a Argentina

Por: Assecom URI Erechim
Fotos: Assecom URI Erechim

Várias empresas de Erechim, de diferentes portes e setores, já negociam seus produtos com a Argentina. Somente em 2015, foram cerca de US$ 47.242.252,00, de diferentes produtos da região Alto Uruguai, vendidos para empresas daquele país, e cerca de mais de US$ 5.114.423,00 de produtos importados no mesmo ano, representando cerca de US$ 52.356.675,00 em ambos os negócios.

Mas como são as relações comerciais das empresas da nossa região com estes compradores e vendedores argentinos? Ocorre cooperação? De quê forma? E ainda, como é a comunicação, a inovação, o respeito cultural nestas compras e vendas com a Argentina? Estes são alguns dos objetivos de uma pesquisa realizada pela URI Erechim, com financiamento CNPq, especificamente pela Professora Adriana Troczinski Storti e alunos bolsistas do Curso de Administração e Administração Comércio Internacional. Juntamente com professores da UNAM – Universidad Nacional de Misiones, de Posadas, Argentina, buscaram conhecer, por meio de questionários aplicados a diversas empresas de vários setores e portes, localizadas em ambos os países e regiões das Universidades.

De acordo com as estatísticas da pesquisa iniciada ainda em 2014, a relação comercial entre as empresas brasileiras é em média, de seis a 10 anos (37,5% dos participantes), e que em comparação com empresas argentinas, é um pouco menor (entre 1 a 5 anos – 41,7%). Metade dos participantes da pesquisa afirmam manter relações comerciais com os mesmos clientes, enquanto outros 50% investem em novos compradores, tanto argentinos quanto brasileiros, o que permite afirmar que as empresas buscam novos clientes, por meio também de negociações com práticas inovadoras e maior abrangência de mercados internacionais.

Questionado sobre os meios de comunicação que as empresas utilizam nestas negociações bilaterais, houve uma unanimidade de 100% pelo uso do telefone para as negociações. Sobre as dificuldades vivenciadas, um dos quesitos mais citados está a logística, devido à precária situação de alguns trechos que interligam os dois destinos (transporte rodoviário) e que, por sua vez, tem grande impacto na hora de fechar um tratado, além de dificuldades na busca por melhores preços/barganha.

Através do resultado obtido percebe-se o grau de importância dos segmentos metalúrgico e alimentício para a região, que hoje representa 62,5% e 37,5%, respectivamente, das exportações realizadas para a Argentina, sendo que estes equivalem a 33,33% e 25% das exportações da região de Misiones realizadas para o Brasil.

Entre os desafios a vencer, segundo empresários dos dois países que compram e vendem para a região do Alto Uruguai, está a burocracia e a alta tributação imposta pelos governos federais e estadual, onde uma empresa brasileira cita que a política fiscal acaba dificultando uma possível esperança de recuperação rápida de vendas por meio de exportações, uma vez que as empresas do Rio Grande do Sul têm de sacrificar a margem de contribuição de seus produtos para superar os gastos com impostos, e ainda conseguir um preço competitivo no mercado.

O estudo aponta que o nível de cooperação entre as empresas é presente e profissional, tradicional; mas que, mesmo assim, há muito a ser investido, especialmente no que diz respeito à ações empresariais, em termos de capacitação e logística.

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