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Débora

Ansiedade

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (APA, 2014), são descritos sete tipos principais de transtornos de ansiedade: ansiedade de separação, mutismo seletivo, fobia específica, ansiedade social, transtorno de pânico e ansiedade generalizada.

Seja de que tipo for, a ansiedade tem como características gerais sentimentos intensos de medo e de angústia. Há uma distinção entre medo e angústia, mas na prática eles estão estreitamente ligados e manifestam-se através de reações comportamentais, cognitivas, afetivas e psicológicas. São reações dos indivíduos frente a situações que representam potencialmente uma ameaça ou um perigo, real ou imaginário.

A ansiedade tem modalidades múltiplas de expressão. Em termos comportamentais, pode se manifestar por evitação ou fuga de determinadas situações, bem como compulsões por determinados assuntos ou atitudes, por exemplo. Em termos cognitivos, por ruminações, interpretações errôneas da realidade ou obsessões. No campo afetivo, por sentimentos de medo, angústia, pânico e aflição. Por fim, a ansiedade também pode ter reflexos fisiológicos. Reações somáticas, tais como alteração do ritmo respiratório ou cardíaco, suores frios ou cólicas.

Devemos ressaltar que sentir medo e angústia é comum e normal ao longo da vida. São instrumentos de adaptação e defesa que a espécie humana desenvolveu para sobreviver e adaptar-se a uma natureza muitas vezes perigosa e hostil. Contudo, é importante diferenciar aqueles medos e angústias passageiros que sentimos frente a determinadas situações daqueles que se apresentam de forma patológica. Isso acontece quando as reações aparecem mesmo na ausência de um estímulo externo, ou seja, quando não existe uma causa provocadora. Também é importante considerar a intensidade, duração e frequência dos sintomas de medo e ansiedade e se há um prejuízo nas funções diárias. Quando os sentimentos são descabidos de base real e são tão intensos ou frequentes que tornam difícil a vida normal.

Sabemos que o mundo hoje nos cobra muito. Que tudo é veloz, intenso e mutante. Numa realidade assim, não há como não sentir-se angustiado e atemorizado algumas vezes. Mas isso pode fugir do controle para certas pessoas. Nestes casos, é importante procurar a avaliação de um profissional da saúde e trata-se de forma correta o quanto antes.

Abordarei na próxima coluna a ansiedade na infância, pois segundo o DSM-V, muitos transtornos de ansiedade se desenvolvem na infância e tendem a persistir se não forem diagnosticados e tratados.

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