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Helena Confortin

Opinião

As mãos de minha MÃE…

Maio = Maria, mulher, flores, noivas… e, tudo nos remete a ela, a minha, a tua, a nossa, a vossa mãe, mamãe, manhê, mama, madre, mother, mom, mère, mutter, matka, anne, mãmã, … ou qualquer outra denominação que lhe dermos. O importante: é o dia da MÃE e, a ela a nossa simples e humilde homenagem. *

No tecido de cada história familiar, as mãos de uma mãe – jovem ou idosa, branca ou preta, culta ou iletrada – reforçam as costuras para proteger todos, sobretudo os filhos, de qualquer empurrão da vida…

As mãos de minha mãe deram a cada um de nós a oportunidade de sermos únicos, individuais…  elas uniram, com um alinhavo, as diversas partes do molde sem esquecer que cada parte era diferente da outra e que, juntas, fazíamos um todo como família…

As mãos de minha mãe adequaram nossas roupas, alargando, apertando, de acordo com nosso crescimento físico… elas, também, fizeram bainhas para que pudéssemos crescer e para que não ficassem curtos os nossos sonhos e ideais…

As mãos de minha mãe remendaram nossos joelhos ralados, nossos cotovelos doloridos… elas, também, remendaram os estragos de nossas pequenas discórdias para voltarmos a usar o coração… sem fiapos e ressentimentos…

As mãos de minha mãe coseram chinelos de pano para aquecer nossos pés e nossos corações… elas, também,  juntaram velhos retalhos para que tivéssemos uma manta única  que nos cobrisse e nos aquecesse…

As mãos de minha mãe prenderam botões, colchetes e fechos para que nos sentíssemos seguros… elas, também, ajustaram cordões, cadarços e presilhas para que estivéssemos unidos e não perdêssemos a esperança…

As mãos de minha mãe aplicaram estampas em nossas roupas puídas para que as pudéssemos usar por mais tempo… elas, também, aplicaram elásticos para nos podermos adequar, folgadamente, às mudanças exigidas pelos anos…

As mãos de minha mãe enfeitaram nossas roupas para que nos maravilhássemos e sentíssemos bem… elas, também, bordaram maravilhas para que a vida nos surpreendesse com as suas contínuas dádivas de beleza…

As mãos de minha mãe coseram nossas bolsas para guardarmos nelas material escolar, bolitas de gude, pedrinhas coloridas…  elas, também, coseram bolsos para guardar neles as  moedas valiosas das melhores recordações e da nossa identidade…

As mãos de minha mãe, quando estavam quietas, zelavam nossos sonhos para que alimentássemos nossos ideais… elas, também, se uniam em prece para que tivéssemos  a vida que nossos sonhos sonhavam…

As mãos de minha mão nunca abandonaram o seu trabalho… elas ajudaram a reforçar as costuras e construir a vida de todos nós que hoje as reverenciamos…

Parabéns, MÃES, pelo dia das mães, que não é somente no segundo domingo de maio, mas é TODOS OS DIAS.

* In: CONFORTIN, Helena. A Saga da Família E. e M. F. C. Erechim:Edifapes, 2010, p.133. Adaptado e ampliado.

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