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A Voz da Diocese

Opinião

Bíblia, livro do amor de Deus

Desde 1947, para a Igreja católica no Brasil, o último domingo de setembro é o Dia Nacional da Bíblia, por sua proximidade com a festa de São Jerônimo, no dia 30 desse mês, que foi grande biblista e que traduziu o livro sagrado dos originais para a língua do povo no seu tempo, o latim. Ele foi incumbido desta tarefa pelo Papa São Dâmaso. Para isto, viveu grande parte de sua vida na Palestina, falecendo perto de Belém no dia 30 de setembro do ano 420.

Desde 1971, no Brasil, para a Igreja Católica, todo o mês de setembro é dedicado à Bíblia, com a proposta do aprofundamento de um dos 72 livros dela ou de parte de um deles, com subsídios diversos.

Para o mês da Bíblia deste ano, a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dando continuidade ao ciclo do tema “Para que n’Ele nossos povos tenham vida” propôs o estudo da Primeira Carta de João, com destaque para o lema “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19).

A introdução do texto base da CNBB para este mês ressalta que o verbo amar é a palavra-chave da Primeira Carta de São João. O lema recorda que o amor provém de Deus e chega a todas as criaturas. O amor é o convite que pede uma resposta, que é amar. Assim, a resposta ao amor de Deus é o amor aos irmãos. Quem ama permanece em Deus. Mas quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o irmão a quem vê é mentiroso. Em quem guarda a sua palavra, o amor de Deus é consumado. Quem diz que permanece em Jesus Cristo deve também caminhar como ele caminhou.

Na comunidade à qual o autor se dirige, havia os que afirmavam estar em comunhão com Deus, conhecê-lo e amá-lo, porém não amavam o irmão ou até o odiavam. Desta forma, não eram coerentes com o mandamento novo dado Por Jesus Cristo, por separarem a fé cristã da vida e não serem solidários com o irmão, não tendo vida marcada pelos valores do evangelho do perdão, do reconhecimento dos pecados, da compaixão, da benevolência, da tolerância, enfim do amor. Viviam uma relação intimista com Deus, mas desligada da justiça e do amor fraterno. Por isso a insistência do autor de que crer em Cristo exige viver como Ele viveu. E Ele colocou o amor fraterno como sinal distintivo de seus seguidores, “nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros como eu vos amei”.

A Bíblia, conjunto de livros inspirados por Deus, revela o amor dele pela humanidade, é luz para todos os que caminham para Ele e buscam sentido para sua vida. Mas é necessário ler o Livro Sagrado; meditar o que se lê e praticar o que se medita. Ignorar a Escritura, segundo São Jerônimo, é ignorar o próprio Cristo. Método eficaz para isto é o da leitura orante da Bíblia, com seus quatro passos – primeiro, ler, entender, conhecer o que o texto diz; segundo, meditar, o que o texto nos diz; terceiro, rezar, o que o texto faz dizer a Deus; quarto, contemplar, o que o texto propõe viver e anunciar.

Desejo ótimo domingo a todos e excelente semana com a bênção divina.

Pe. Antonio Valentini Neto – Administrador Diocesano de Erexim.

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