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A Voz da Diocese

Opinião

O tempo do ser!

Estimados Diocesanos! Na vida percorremos a linha do tempo, e, em cada passo do ser criança, adolescente, jovem, adulto ou no entardecer da terceira idade, temos oportunidades de fazer muitas coisas que ajudam a dar sentido à nossa vida pessoal, à família e à comunidade.

Poder fazer algo pelo bem-estar das pessoas que amamos ou que fazem parte do nosso círculo de amigos, do ambiente de trabalho, ou ajudar alguma instituição que presta serviços à sociedade é sempre gratificante. É uma oportunidade que o Senhor nos apresenta para ajudarmos a cuidar da vida de tantos irmãos e irmãs que vivem situações especiais.

Neste terceiro domingo do mês vocacional, lembramos com carinho a vida religiosa, que teve e tem papel muito importante na vida da Igreja. O rosto da vida religiosa tem as marcas da missão em realidades de exclusão e abandono social, mas também a força da ação evangelizadora e transformadora do Evangelho, da espiritualidade dos carismas, do empenho na área da saúde, da educação e em tantas obras sociais presentes nos cinco continentes, que revelam o rosto da ternura e da compaixão de Deus Pai.

Mas as Ordens e Congregações religiosas e a própria vida religiosa também passam pela linha do tempo. O fervor inicial com a presença paterna do fundador ou materna da fundadora, a expansão através da abertura missionária ad gentes, o acolher vocacionados e vocacionadas de culturas diversas, o testemunho da fraternidade evangélica marcada pela espiritualidade dos carismas, dons de Deus para a vida da Igreja, e acolhidos nas diversas culturas através da consagração ao Senhor.

Os passos da linha do tempo podem ser percebidos em muitas Congregações Religiosas em nossos dias, e são marcados não pelo número de obras ou pela expansão missionária, mas pela presença de muitos irmãos e irmãs que vivem o entardecer da existência, longe dos olhos de quem ajudaram, ou das obras pelas quais consumiram suas forças através de muitos anos de trabalho. Vivem no silêncio, na oração e em comunhão com a Igreja, com os irmãos e irmãs o tempo do ser, muitas vezes num leito ou numa cadeira de rodas. Estão limitados na locomoção, mas fortificados pela graça de Deus, por terem perseverado no “sim”, na vocação do amor serviço que um dia assumiram diante de Deus.

Tende todos um bom domingo.

+ Dom José Gislon – Bispo Diocesano de Erexim

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