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Saúde

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Diagnóstico precoce é chave para aumentar as chances de cura do câncer infantil

Hoje, 15 de fevereiro, é o Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil. No Brasil, são mais de 12 mil novos casos todos os anos, sendo a leucemia o tipo mais comum

Por: Ascom
Fotos: Arquivo Atmosfera

Embora raro, representando cerca de 2% dos casos no mundo, o câncer diagnosticado até os 19 anos é uma das principais causas de morte de crianças e adolescentes. Com a proposta de conscientizar a sociedade sobre a importância da atenção aos sintomas para se chegar ao diagnóstico precoce e, com isso, aumentar as chances de sucesso no tratamento, a Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Global Initiative for Childhood Cancer, promove em 15 de fevereiro o Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil.

O câncer infantil possui carcaterísticas próprias e bem diferentes em relação ao câncer em adultos. As células que sofrem a mutação no material genético não conseguem amarudecer como deveriam e continuam com as as características da célula embrionária, multiplicando-se de forma rápida e desordenada. Por isso, a proliferação do tumor é mais rápida em crianças, por outro lado, responde melhor à quimioterapia, com chances de cura de 80%, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Se por um lado o câncer em adultos está ligado ao envelhecimento, tabagismo, álcool, entre outros riscos de exposição, o câncer na infância, na maioria dos casos, não tem relação com fatores ambientais e de estilo de vida. Para atingir altas chances de cura, é muito importante o diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento.

No Brasil, segundo o INCA são registrados 12 mil novos casos de câncer infantil. Os tipos mais comuns são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas e tumores sólidos como o neuroblastoma, sarcomase o tumor de Wilms.

Como diagnosticar cedo?

Embora não existam sintomas específicos ou programas eficazes de diagnóstico precoce, o câncer infantil pode ser descoberto no início. São manifestações clínicas que podem coincidir com as de outras doenças comuns da infância, mas vale a pena atentar a elas, conforme explica Cecília Lima da Costa. “Além das consultas regulares ao pediatra, os pais podem observar o aparecimento de sinais e sintomas que não desaparecem e, com isso, buscar um especialista”. Para facilitar o entendimento sobre o tema, aAmerican CancerSociety listou alguns dos sintomas:

● perda de peso contínua e inexplicável
● dores de cabeça com vômito de manhã
● aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações
● protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local
● desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão
 febres recorrentes não causadas por infecções
● hematomas excessivos ou sangramento – geralmente repentinos
● palidez perceptível ou cansaço prolongado

Tipos mais comuns de câncer pediátrico

– Leucemia Linfocítica (ou linfóide) Aguda: LLA é o câncer mais comum na infância e representa 33% do total de casos.

– Tumores do Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal): são os tumores malignos sólidos mais comuns em crianças, ficando atrás apenas das leucemias e linfomas. Adultos tendem a ter câncer em diferentes partes do cérebro, geralmente nos hemisférios cerebrais. Tumores da medula espinhal são menos comuns que os de encéfalo tanto em adultos como nas crianças. Representa 16% dos tumores pediátricos.

– Linfoma de Hodgkin: é um câncer do sistema linfático (que inclui gânglios, timo e outros órgãos do sistema de defesa do organismo). O linfoma de Hodgkin pode atingir crianças e adultos, mas é mais comum em dois grupos, jovens adultos, geralmente dos 25 aos 30 anos e pessoas acima dos 55 anos. É raro antes dos cincoanos de idade, mas entre 10% e 15% dos casos ocorrem em adolescentes e crianças com menos de 16 anos.

-Linfomas não-Hodgkin: também têm origem no sistema linfático e são mais comuns que os linfomas de Hodgkin nas crianças, sendo o terceiro câncer mais comum entre crianças.

– Tumores Ósseos Primários: são raros. A despeito de raros, são o sexto em incidência em crianças, sendo mais frequentes na adolescência. Os mais comuns são o osteossarcoma e o Sarcoma de Ewing.

– Tumor de Wilms: pode afetar um rim ou ambos e é mais comum entre crianças na faixa dos dois a três anos de idade. Representa de 5% a 10% dos tumores infantis.

– Neuroblastoma: é o tumor sólido extracraniano (isto é, fora do cérebro) mais comum nas crianças, geralmente diagnosticado durante os dois primeiros anos de vida. Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas supra-renais e mediastino.

– Retinoblastoma: é um câncer que tem origem nas células que formam parte da retina, cujo sinal mais comum é o brilho ocular chamado de “reflexo do olho de gato”. Existem duas formas da doença, a hereditária e a esporádica. Costuma aparecer em crianças entre dois e três anos de idade.

– Rabdomiossarcoma: é o câncer de partes moles mais comum em crianças. O tumor tem origem nas mesmas células embrionárias que dão origem à musculatura estriada esquelética ou voluntária, ou seja, músculos que se prendem aos ossos ou a outros músculos.

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