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Saúde

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Erechim pode ficar na bandeira vermelha com novos casos e hospitalizados com covid-19

Equipe que atualiza Distanciamento Controlado faz alerta ao observar a necessidade de internação e de leitos de UTI

Por: Cristiane Rhoden

Ao menos cinco regiões do Rio Grande do Sul, além das três que nesta semana passaram à classificação laranja, apresentaram piora em alguns indicadores na quinta atualização do Distanciamento Controlado, realizada no último sábado, 06. Erechim, ainda não teve alteração, mas o crescimento no número de casos, é indicativo para entrar na classificação vermelha.

As regiões de Novo Hamburgo, Taquara e Palmeira das Missões registraram bandeira preta no quesito que mede o crescimento do número de casos de hospitalização pela doença nos últimos sete dias, mas não houve mudança na bandeira que identifica a situação geral. As áreas de Santa Maria e Erechim, que igualmente não tiveram alteração na versão do mapa em vigor a partir desta segunda feira (8/6), obtiveram classificação vermelha nesses mesmos critérios.

Pioneiro na definição de protocolos com restrições proporcionais ao avanço do coronavírus e à capacidade de resposta dos serviços de saúde, o modelo gaúcho apresenta atualmente 16 regiões na bandeira laranja (risco médio) e apenas quatro na cor amarela (risco baixo).

Com apenas sete leitos de UTI livres no mais recente levantamento, os municípios que compreendem a região de Novo Hamburgo tiveram aumento no registro de casos de Covid-19 hospitalizados (de cinco na semana anterior para 19 internações).

“São pontos de alerta que as autoridades locais precisam monitorar com urgência. Se esses indicadores seguirem na cor preta é alta a probabilidade de mudança na cor da bandeira nas próximas atualizações”, destaca a coordenadora do Comitê de Dados do governo, Leany Lemos. Ela lidera uma equipe de técnicos e especialistas externos que, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), acompanha diariamente os números do Distanciamento Controlado.

Totalizando 57 casos ativos no dia de fechamento das bandeiras, a região de Novo Hamburgo apenas não ingressou na cor vermelha (alto risco e maiores restrições para as atividades econômicos) já nesta semana por manter estáveis os demais indicadores, mas principalmente considerando que esse indicador considera também a estrutura hospitalar (disponibilidade de leitos) da macrorregião metropolitana de Porto Alegre. É que mesmo diante de um cenário de ocupação acima de 90% dos leitos de UTI, a proximidade com a capital permite a transferência dos casos mais graves quando houver necessidade.

A região de Palmeira das Missões, no centro norte do Estado, igualmente teve classificação na cor preta para o avanço dos casos de Covid-19 que precisaram de internação: nos últimos sete dias foram 15 pacientes, enquanto no mesmo período anterior eram apenas duas hospitalizações. Houve ainda salto tanto no número de pacientes que precisaram de UTI por diagnóstico de Covid-19 (de um para quatro casos) e por síndrome respiratória aguda grave – SRAG (de um para sete pessoas). Além disso, diminuiu a disponibilidade de UTIs na região: de 15 leitos vagos na semana anterior para 12 na última sexta-feira.

Taquara é uma das quatro regiões que seguem sob a cor amarela. Porém, nesta última atualização, os municípios que integram a área no Vale do Paranhana tiveram classificação preta para novos casos de hospitalização nos últimos sete dias: dois registros, quando no levantamento anterior nenhum caso havia sido apurado. O que chamou atenção também foi a presença de apenas cinco casos ativos no último dia do levantamento (sexta-feira). Os demais indicadores mantiveram a região sob o menor grau de restrições, em especial pelo aumento de quatro para sete leitos de UTI vagos.

Alerta para Erechim e Santa Maria

Duas regiões ligaram o alerta da equipe do Distanciamento Controlado porque apresentaram classificação vermelha nos mesmos indicadores que medem os novos casos de Covid-19 hospitalizados. Nos municípios das áreas de Santa Maria, passaram de 10 para 17 os novos casos de hospitalização pelo vírus de uma semana para outra, assim como houve aumento de 12 para 14 pacientes na UTI por síndrome respiratória aguda.

Em compensação, Santa Maria reduziu os internados por Covid-19 nas unidades intensivas, cujo total de leitos disponíveis passou de 32 para 41.

O comportamento da doença na região de Erechim foi muita parecido e, por isso, mereceu classificação vermelha nesses indicadores. Houve um pequeno aumento das internações por Covid-19 (de 14 para 16 casos) e de internação na UTI pelo mesmo motivo (quatro para seis pacientes).

 

Entenda o Distanciamento Controlado 

Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio, com o Decreto 55.240 – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável em todo o Rio Grande do Sul.

Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.

Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo). O monitoramento dos indicadores de risco é semanal, e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da semana seguinte.

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