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Economia

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Intenção de consumo das famílias gaúchas cai 26,6% em agosto

Os dados constam da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas – ICF, divulgada nesta quarta-feira, 17, pela Fecomércio-RS e que conta, no mínimo, com 600 famílias em sua amostra

Por: Assecom
Fotos: Arquivo

A intenção de consumo das famílias gaúchas registrou queda de 26,6% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Aos 56,3 pontos, o indicador teve resultado negativo em todos os seus componentes. Sua média trimestral atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. Os dados constam da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas – ICF, divulgada nesta quarta-feira, 17,  pela Fecomércio-RS e que conta, no mínimo, com 600 famílias em sua amostra.

Apesar do número de agosto ter sido marginalmente maior do que o registrado em julho, o ICF marca um pessimismo bastante acentuado por parte dos consumidores gaúchos. “O cenário segue muito restritivo. O mercado de trabalho permanece enfraquecido, impactando negativamente a renda e a confiança das famílias”, pontuou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Segundo ele, esse cenário, associado à inflação alta e juros elevados, também reduz o ímpeto e a capacidade de compra das famílias.

A avaliação quanto à situação do emprego registrou 93,9 pontos, permanecendo no campo pessimista com uma queda de 15,5% em relação a agosto de 2015. Apesar da melhora do indicador em relação aos meses recentes, os números evidenciam que os consumidores gaúchos têm percebido sua situação no trabalho bastante insegura, o que contribuiu para a redução do nível de consumo. A avaliação quanto à situação de renda atual alcançou 70,0 pontos, com um recuo de 21,3% ante o mesmo mês do ano passado. “Com a inflação elevada, vem se observando uma redução dos salários reais. Diante do quadro econômico delicado, não deverão ocorrer mudanças no curto prazo”, destaca Bohn.

O indicador relacionado ao nível de consumo atual caiu 39,2% sobre o mesmo mês do ano passado, ficando em 37,8 pontos. “Esse dado reflete a conjuntura de queda da renda real, juros altos, deterioração do mercado de trabalho e incerteza no cenário político. Juntos, desenham uma realidade muito restritiva ao consumo”, reforça o presidente da Fecomércio-RS. O indicador referente à facilidade de acesso ao crédito caiu 29,6% na mesma base de comparação, aos 48,1 pontos; e o referente ao momento para consumo de bens duráveis, reduziu 48,5%, aos 24,7 pontos.

Nas análises relativas às expectativas, o indicador que mede a perspectiva profissional atingiu 73,1, com recuo de 12,6% ante agosto de 2015. Já em relação às perspectivas de consumo, a queda foi de 37,6% (46,7 pontos).

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