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Lei que dá preferência de atendimento a autistas em Erechim não sai do papel passados oito meses

Na prática pouca coisa mudou para quem sofre com a doença

Por: Paloma Mocellin

Inserir o símbolo do autismo em placas de atendimento preferencial, tanto em órgãos públicos como em estabelecimentos privados do município é lei em Erechim desde junho do ano passado. Só que até agora apenas três estabelecimentos cumprem a determinação. A legislação municipal também exige que a pessoa autista tenha uma carteirinhas de identificação.

O documento, aliado às placas com o símbolo permitirá a preferência nas filas o que deve fazer com que o atendimento seja mais rápido. Só que enquanto as carteirinhas não existem os pais estão preocupados com a indefinição a respeito da aplicação da lei.

A mãe do Cristofer, de nove anos, Lisandra Stella Borges diz que sair com o filho e ter que esperar é sempre bem difícil porque ele não fica muito tempo parado. “Começa a demorar muito o atendimento e as filas e ele fica sapateando, as vezes sai até correndo. É difícil. Com a carteirinha acreditamos que vai melhorar bastante. Mas, enquanto isso, é angustiante porque tu fica naquela expectativa. É algo que se prolonga e que parece que nunca vai virar realidade. A preferência no dia a dia quase nem existe. Sempre digo que temos que colocar uma placa nas crianças para mostrar que são autistas. Eu até saio seguidamente com o Cris vestindo a camiseta da aquarela, o que costuma ajudar. Mas precisa muito mais atenção em diversos outros aspectos também, não só na preferência”, disse.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Erechim, em breve será definida qual a secretaria que ficará encarregada do serviço. Pode ser a pasta da Saúde ou da Cidadania. A presidente da Aquarela Pro Autista, Marilei da Rosa, espera que em breve se tenha condições de informar às famílias de pessoas com autismo sobre onde devem procurar as carteirinhas e as orientações. “Isso tudo vai nos dar números e perspectivas para dados e para busca de mais recursos e oportunidades. É uma esperança de que as mães consigam andar com os filhos nos estabelecimentos e serem respeitadas e garantirem a preferencia, isso é vivência que faz parte do crescimento deles”, disse.

Enquanto isso crianças como Cristofer Borges, que tem nove anos e um grau leve de autismo, precisam conviver  com as dificuldades da doença. Entre elas a difícil tarefa de esperar.

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