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Saúde

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Mais de 17 mil pessoas no Brasil aguardam por um transplante de medula óssea

A maioria das pessoas não se tornam doadoras por acreditarem em mitos que envolvem o assunto

Por: Ascom
Fotos: Arquivo Atmosfera

Em 2018, o número de doadores de medula óssea cresceu apenas 1,8%, em relação ao ano anterior. No Rio Grande do Sul, são cerca de 340 mil pessoas cadastradas para doação e dispostas a salvar a vida de quem tem doenças como leucemia, linfomas, anemias graves entre outras. O Brasil tem hoje mais de 17 mil pessoas à procura de doador compatível.

Neste mês, a campanha Fevereiro Laranja incentiva o combate à leucemia. O médico onco-hematologista, Celso Massumoto, explica que muitas pessoas têm receio de ser doadoras por acreditarem que é um processo demorado e doloroso, mas não é bem assim. Confira alguns dos principais mitos sobre a doação de medula óssea.

1- O processo de doação é burocrático: muito pelo contrário, a doação acontece de forma rápida. O voluntário faz um cadastro em qualquer hemocentro para fazer parte do banco de doadores do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), órgão responsável por procurar voluntários compatíveis entre as pessoas cadastradas. Em cinco minutos é coletado 5ML de sangue. O material é analisado para saber se a pessoa é compatível com algum paciente e para excluir a possibilidade de doenças que poderiam ser transmitidas nas doações.

2- Cada pessoa só pode fazer uma doação de medula óssea: não há limites de doação porque a medula se regenera em 15 dias. Caso seja encontrado um novo paciente que pode receber o transplante, a doação pode ser feita após esse período.

3- A recuperação do doador é demorada: esse é um dos maiores mitos. O procedimento é semelhante ao da doação de sangue, não tem sintomas. No dia seguinte à doação, o doador pode voltar à sua rotina normal.

4- A doação sempre é dolorosa: o incômodo pode ser considerado de leve a moderado, isso porque a medula pode ser coletada por via óssea ou venosa. Quando coletada por via óssea, o doador é anestesiado e não sente nenhuma dor. Por via venosa ocorre apenas a punção da veia, que fica próxima ao quadril e a inserção de uma agulha ligada a um equipamento próprio, que pode gerar desconforto e dor leve no local.

5- Só parentes próximos podem ser doadores: para ser doador basta ter compatibilidade com o receptor. Tem mais chances de um parente ser compatível, mas não é uma regra. Prova disso é que irmãos de mesmo pai e mãe têm apenas 25% de chances de serem compatíveis.

6- Qualquer pessoa pode ser doadora: os doadores devem ter entre 18 e 55 anos, não ter nenhum tipo de doença infecciosa, câncer ou deficiências no sistema imunológico como Lúpus ou Diabetes tipo 1.

A chance de encontrar um doador compatível é 1 em cada 100 mil, explica o Dr. Massumoto. Na região, para se cadastrar como doador,  é preciso se deslocar ao Hemocentro Regional de Passo Fundo. Antes, o futuro doador precisa realizar o prévio, pelo fone 54 3311-1427.

Após se cadastrar como doador no Hemocentro, será realizada a coleta de 5ml de sangue. A amostra é encaminhada então ao Hospital de Clinicas de Porto Alegre, para a realização dos testes de HLA e, por fim, é feita a inclusão dos resultados dos testes o doador  no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea(REDOME). A partir desse momento, o doador estará disponível para busca ativa de compatibilidade.

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