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OPINIÃO: 100 anos de Nossa Senhora de Fátima

Confira artigo do Padre Maicon Malacarne

Por: Da redação

-Quereis oferecer-vos a Deus?

– Sim, queremos!

100 anos de Nossa Senhora de Fátima!

Jacinta, Francisco e Lúcia, os pastorinhos de Fátima, responderam à pergunta da Senhora: “Sim, queremos!” Há 100 anos, as três crianças portuguesas foram envolvidas no amor de Deus através da experiência que fizeram com a Mãe de Fátima. Uma voz, uma Senhora vestida de branco, uma planta chamada azinheira, por 6 vezes: a começar no dia 13 de maio. A Senhora dava a eles recomendações: não deixem de rezar! Sejam da paz! Vivam a conversão… Apesar dos sofrimentos e dores, (em 1917 vivia-se a cruel Primeira Guerra Mundial) a Mãe de Deus oferece uma palavra de esperança. 100 anos se passaram. 100 anos que a presença de Nossa Senhora de Fátima marcou e marca a fé de muita gente. Aqui em Erechim, há 66 anos fazemos Romaria a Ela.

Sim, queremos! Queremos, Mãe, ser instrumentos de paz. Vivemos tempos de “guerras fatiadas”. A violência marca nosso redor. Respiramos insegurança. Entre famílias, temos dificuldades de dialogar. Por pouca coisa, cessamos amizades, não falamos com vizinhos, ficamos bravos, humilhamos, maltratamos. Temos sido bastante amargos, Mãe! É difícil viver a paz proposta no Evangelho, aquela que não é acomodação, mas rompimento com os ciclos da violência. Ser instrumento da paz é dizer não a todo e qualquer ato e palavra violenta. Ajuda-nos, Mãe, nós queremos!

Sim, queremos! Queremos, Mãe, aprender contigo a rezar. Queremos rezar com a vida, com aquilo que somos, que carregamos, alegrias e dores. Uma oração que é nossa fé e nossa vida misturadas. Faze nossa oração não ser individualista. Assim como Você pediu, ajuda-nos a rezar pelos outros. Queremos ser, também, pessoas do silêncio, porque só quem sabe silenciar, saber dialogar com Deus. 100 anos depois continuamos querendo aprender a rezar. Ajuda-nos, Mãe, nós queremos!

Sim, queremos! Queremos, Mãe, viver a conversão. Converter significa mudar nosso coração, aquilo que é mais profundo em nós. No coração está nosso projeto de vida. E temos sido malvados. Nosso coração, pelas nossas atitudes, faz outros corações sangrarem. A conversão não é fácil, querida Mãe, exige muita disponibilidade. A Senhora nos ensinou que Deus não é malvado, não condena perversamente, mas sempre permite recomeçar. Mudar é difícil e mudar o coração é ainda mais. Ajuda-nos, Mãe, nós queremos!

Sim, queremos! Queremos, Mãe, viver a santidade que pediu aos pastorinhos. Os santos são horizonte para nós. Entre nós, já existem santas crianças, santos jovens (santos grupos de jovens!), santas mulheres, santos homens, santos gestos. Acreditamos que ser santo é ser feliz. É feliz quem vive uma causa. Os santos que já estão na glória acarinham os santos que moram conosco. Ajuda-nos Mãe, a reconhecer a santidade da Igreja Católica, que existe de tantas formas, mas também fora dela, nas outras Igrejas, nas outras religiões e culturas. Na mesa da Eucaristia, da Palavra e da irmandade, queremos ser mais santos. Ajuda-nos, Mãe, nós queremos!

Sim, queremos! Queremos, Mãe, acreditar no que é mais fraco. A Senhora escolheu três crianças pobres, num povoado distinto, de um jeito simples. Deus não escolheu palácios. Ensina também nós, Mãe, a não buscarmos a grandeza. Queremos acreditar na fragilidade, na pequenez, no “resto”. Queremos ser portadores de projetos proféticos que ajudem a transformação a partir do simples. Os três pastorinhos foram negados, perseguidos, difamados. Choraram a dor da culpa que o poder coloca sobre os pobres. Mas a Senhora não saiu de perto deles. Com os esquecidos, solitários, doentes, encarcerados, negados, mal amados, abandonados, violentados, vamos fazendo a experiência do Vosso Filho. Ajuda-nos, Mãe, nós queremos!

Sim, queremos! Queremos, Mãe, um dia encontrar a Senhora no Céu e contemplar os olhos de Jesus bem de perto. Ele vai nos abraçar, eu sei! Tudo que a Senhora fez foi por Ele. Todas as Suas palavras, toda a Sua mensagem, todos os Seus pedidos foram para a humanidade viver o projeto dEle. Agora, aqui em Erechim, em procissão, em romaria, em preces, em bênçãos, vamos vivendo lampejos do que será pleno: a eternidade! Um dia estaremos convosco, com Jesus, com os pastorinhos, e com aqueles que foram antes de nós. Com eles, aqui embaixo, batemos palmas a Senhora do Rosário de Fátima. Eu sei, Mãe, que no céu sempre é festa, com bolo de chocolate e tudo, mas aqui precisamos uns dias para comemorar! Ajuda-nos, Mãe, a viver a eternidade e a festa desde já, nós queremos!

Amém!

Pe Maicon A. Malacarne

 

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