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Educação

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Relações na pandemia: Escola e Família

Nos últimos meses, todos fomos tomados por diferentes sentimentos, afinal estamos vivenciando um período atípico na história da humanidade

Por: Ascom

Nos últimos meses, todos fomos tomados por diferentes sentimentos, afinal estamos vivenciando um período atípico na história da humanidade. As relações sociais foram abaladas, consequentemente, o convívio entre pais, filhos e escola também sofreram alterações. Dentro da Rede Marista, essa reflexão ganhou espaço no universo acadêmico e escolar. De acordo com a psicóloga e professora do curso de Psicologia da PUCRS, Ângela Seger, com a potencialização da convivência, ganhamos uma nova rotina, com um tempo maior reunidos. “Todas essas situações impactaram nas relações também. Foi em nosso cotidiano, nossa rotina, nossa sensação de controle e em como a gente estava lidando com isso”, afirma.

Para auxiliar nesse processo, é importante realizar atividades que proporcionem emoções positivas, como escutar música ou assistir a algum programa televisivo da sua preferência, por exemplo, comenta Adriane Arteche, Doutora em psicologia e professora da pós-graduação da PUCRS. “Seja no trabalho, seja no dia a dia, a gente precisa entender que nem tudo sairá de forma perfeita. Colocar menos pressão em nós mesmos. Isso faz com que a gente consiga lidar um pouco melhor com a nova rotina”, destaca.

Uma palavra-chave, no ponto de vista da Diretora do Colégio Marista Medianeira e Mestre em educação, Cheila Milczarek, sobre o que foi vivenciado e ainda vivemos é encorajamento. “É necessário encorajar os estudantes, os filhos, a fim de que eles percebam que o momento é desafiador. Mas, acima de tudo, temos condições de superar isso. Desde que possamos olhar com transparência, sem omitir as situações experienciadas, porém sem perder a fé e a esperança”, reforça a educadora.

A quebra de rotina

O contexto pandêmico gerou uma quebra de rotina significativa na sociedade. Independente da faixa etária, essa quebra ocasionou impactos, afinal vivemos em mundo presumido, conforme informa Ângela Seger. “Ou seja, eu tenho uma organização interna que diz assim ‘bom, amanhã vou trabalhar, depois vou deixar os filhos na escola, depois eu vou para o trabalho, no final da tarde a gente se encontra’. Enfim, existe uma série de rotinas que são organizadoras. Coisas que acontecem fora, que nos organizam internamente. Ao haver a quebra dessa organização, as relações intrafamiliares e com as pessoas ao nosso redor foram afetadas”, explica.

O papel das escolas na relação com as famílias

De acordo com Michele Zanatta, Orientadora Educacional do Colégio Marista Aparecida, a escola se ressignificou e se manteve ativa. “A escola permaneceu viva, transpôs os muros, o físico, e entrou na casa de cada família e, na casa de cada família, o papel principal da escola foi de escuta, de acolhida, de muito diálogo”. Além disso, serviu como suporte oferecendo alternativas para que as crianças conseguissem interagir e continuar aprendendo, acompanhando e desempenhando seu papel conforme a realidade de cada família. Cheila Milczarek ainda reflete sobre o fato de os colégios estarem presentes em cada indivíduo. “A escola está nas pessoas. E uma grande escola se faz sim, com estudantes, educadores e com as famílias. Essa prova a gente teve este ano mais do que nunca”, menciona.

Para Julhane Kalles, mãe dos estudantes Gabriela, da Educação Infantil, e Artur, do 5º ano EF, do Colégio Marista Medianeira, nunca, em outros momentos, a relação de afinidade entre família e escola foi tão importante para dar continuidade ao processo educativo planejado pela escola e almejado pelas famílias. “A sensibilidade da escola na escuta ativa das peculiaridades de cada um, permitiu a acolhida e o sentimento de coletividade, tornando a caminhada mais suave para todos. Hoje, percebemos que, mesmo retornando a rotina das atividades presenciais, permanece em nós o legado de participar mais ativamente do processo de ensino e aprendizagem dos nossos filhos, e a certeza de que memórias afetivas significativas foram consolidadas neste período, fortalecendo as relações familiares e destas com a escola”, finalizou.

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