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Política

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Zilá encaminha ações para a tecnologia do biodigestor no Agro Gaúcho

O principal resultado do evento foi a formação de um grupo de trabalho, liderado pela deputada Zilá Breitenbach

Por: Assecom
Fotos: Divulgação

A audiência pública “A matriz energética do biodigestor” reuniu secretários de estado, pesquisadores, estudantes, agricultores, empresários e representantes de instituições financeiras em um debate multidisciplinar, em busca de soluções para uma geração de energia limpa e rentável. O principal resultado do evento foi a formação de um grupo de trabalho, liderado pela deputada Zilá Breitenbach (PSDB) e que envolverá técnicos, políticos e representantes de bancos de fomento e cooperativas.

Promovida pelas Comissões de Agricultura e de Economia da Assembleia Legislativa do RS, por iniciativa de Zilá, a audiência tratou dos aspectos técnicos, produtivos e financeiros da utilização dos biodigestores. Abordar essa importante tecnologia foi uma proposta de estudiosos da Faculdade Horizontina (Fahor) e da Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem) à líder tucana.

Os professores Adalberto Lovatto (Fahor) e Fauzi de Moraes Schubeita (Setrem) expuseram aspectos da implementação dessa tecnologia nas propriedades rurais. Segundo Lovatto, “biodigestores são, basicamente, mecanismos que transformam dejetos animais em energia. Aceleram a decomposição da biomassa e ainda são capazes de gerar energia elétrica e térmica”. Segundo Schubeita, “a aplicação é diversa, do setor agropecuário ao tratamento de resíduos dos domicílios e de alguns tipos de indústrias”.

Um dos principais aspectos dessa possibilidade de geração de energia é sua capacidade de converter um problema em solução. Foi o que constatou em sua fala Lino Hamamm, representando a secretaria de Desenvolvimento Rural: “ao transformar dejetos de animais em energia, o biodigestor faz o grande trabalho de transformar um enorme passivo em um excelente ativo. Ainda mais se considerarmos as centenas de milhares de animais da pecuária gaúcha.”

Nesse sentido, a deputada Zilá ressaltou o potencial de sua região, que é a mesma dos pesquisadores que propuseram a audiência: “Apenas no Noroeste do Rio Grande do Sul são geradas 2,5 milhões de toneladas por ano em dejetos. Mais da metade vem da suinocultura, uma especialidade da região.” Endossando a fala da líder do PSDB na ALRS, o produtor rural Luiz Gerhardt, de Santo Cristo, deu seu relato pessoal da eficácia dessa tecnologia: “Em apenas três anos de utilização do biodigestor já consegui pagar o investimento, que foi feito a partir de um financiamento que seria de seis anos. Além disso, estou fornecendo o excedente do que gero de bioadubo para seis propriedades vizinhas.”

Contudo, o presidente da Associação de Criadores de Suínos do RS, Valdecir Folador, ressalvou que é preciso viabilizar a instalação e a manutenção desses mecanismos: “O biodigestor exige acompanhamento, um manejo atento. Sugiro que haja treinamento, uma cartilha que oriente os produtores. Além disso, é preciso mobilizar recursos para que possamos fazer as instalações e operações.”

Em resposta, a deputada Zilá enfatizou: “propus esta audiência com o objetivo de ir além do debate. Para que tenhamos resultados de fato, sugiro aqui a formação de um grupo de trabalho que tratará de políticas e diretrizes para a viabilização técnica, produtiva e financeira para a utilização de biodigestores.”

Participaram também dos debates, e confirmaram participação efetiva no grupo de trabalho criado, representantes os secretários: de Agricultura, Ernani Polo; de Tecnologia, Fábio Branco e Minas e Energia Arthur Lemos Jr. Também, representantes do BRDE (Luiz Corrêa Noronha); Badesul (Janete Lontra); Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS – SIPS (Rogério Jacob Kerber); UERGS (Arisa Araújo); Associação Brasileira de Biogás e Biometano; Organização das Cooperativas do RS – OCERGS (Gerson Lauermann); Sulgás (Luiz Felipe Poli); Ministério da Agricultura (superintendente Roberto Schroeder); Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Fabiana Vitt). O prefeito de Campo novo, Antonio Sartori, e o deputado estadual João Fischer (PP) também compuseram a mesa.

Nos próximos dias, a deputada Zilá encaminhará uma agenda de ações junto do recém-formado grupo de trabalho.

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